A investigação aponta que os homens faziam parte de uma quadrilha especializada em furtar dos mesmos tipos de equipamentos utilizados por empresas telefônicas. Eles, segundo a Polícia Civil, praticavam os crimes com a finalidade específica de repassar os produtos para receptadores. Os suspeitos foram identificados como Paulo Ronyer Nascimento de Oliveira, de 31 anos, com antecedentes pelos crimes de furto e tráfico de drogas; Cristovão de Sousa Castro, de 32 anos, com passagem por receptação; Afonso Araújo Liberato, de 46 anos; e Antônio Carlos Guedes da Silva, de 35 anos. Os dois últimos não apresentavam histórico criminal. As prisões foram realizadas pelas equipes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que contou com o auxílio dos setores de inteligência das operadoras de telefonia.
As empresas desenvolveram uma plano estratégico com o objetivo de identificar os envolvidos nos furtos dos fios e dos cabos das empresas. "Algumas imagens relacionadas à execução dos crimes serviram de esteio para a identificação dos suspeitos", destacou o delegado-adjunto da DRF, Osmar Berto.
Um quinto suspeito de integrar o grupo criminoso, identificado como Carlos Kelber Rodrigues, de 23 anos, que já responde a dois furtos, continua foragido. Ele já havia sido preso, no último dia 27 de abril, pelo mesmo tipo de crime, junto a Cristovão Castro. Após a captura, os dois foram liberados. "Eles acabaram conseguindo a liberdade judicial e voltaram a cometer a mesma atividade criminosa", afirma o delegado-adjunto, destacando que embora não tenha sido encontrado nas ofensivas realizadas nas últimas semanas, Carlos Rodrigues foi indiciado pelo furto aos equipamentos.
Em relação ao prejuízo referente aos materiais subtraídos pela quadrilha especializada, Osmar Berto afirmou que o valor é estimado em, aproximadamente, R$ 1 milhão, quando somados os danos financeiros das quatro operadoras. "Cada bateria apreendida custa em torno de R$ 6 mil. Há ocorrências em que foram registrados os furtos de 90 delas", pontuou
Para que as pessoas não desconfiassem, no momento dos furtos, a quadrilha se caracterizava com o fardamento das empresas telefônicas. "Eles agiam buscando a facilidade no acesso aos locais em que as antenas estão instaladas e falsificaram os uniformes para que as pessoas achassem que eles eram funcionários das empresas".
Autuações
Os quatro homens foram autuados pelos crimes de formação de quadrilha, furto qualificado e receptação. A Delegacia de Roubos e Furtos dará continuidade às investigações, com o objetivo de identificar se existem outras pessoas envolvidas na quadrilha especializada.
Fonte: Diário do Nordeste