A vítima foi atacada enquanto dormia em seu quarto na madrugada de sexta-feira (4) horas depois de ajudar o suspeito e o comparsa dele, ambos andarilhos, com a doação de refeições. A PM informou que chegou ao local momentos antes de um segundo suspeito cometer o abuso sexual.
"Ao passar pela janela o policial inclusive ouviu o cara falando assim: oh, eu acabei, é a sua vez, pode vir", afirma o capitão Helder Antônio de Paula.
O homem apontado pelo estupro e o outro suspeito foram presos em flagrante e, após serem submetidos a um teste de HIV e prestarem depoimento na delegacia, foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Serra Azul (SP).
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Segundo o PM, a universitária relatou que, ainda na noite de quinta-feira (3), por volta das 22h, serviu um macarrão instantâneo aos dois moradores de rua, que tinham vindo de Igarapava (SP), depois que eles bateram à porta da república, onde vivem sete estudantes, para pedir comida.
"Perguntaram se tinha comida, as pessoas falaram que não tinha, mas a vítima do estupro saiu, falou para eles: oh, a gente não tem nada para comer, mas se vocês quiserem aguardar, eu preparo alguma coisa para vocês. E aí ela acabou fazendo um macarrão instantâneo para eles, serviu os dois na calçada", conta Antônio de Paula.
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De acordo com o PM, a estudante reagiu, mas o suspeito forçou a relação sexual, ameaçando matá-la com um espeto apontado para o pescoço.
"Durante as agressões que sofria do indivíduo ela falou: não faça isso comigo, eu te alimentei há pouco. E ele pegou e falou: oh, mas é por isso mesmo que eu te quero, eu vim aqui para ficar com você, você é uma menina muito gentil, muito legal."
A movimentação no quarto da jovem assustou as outras estudantes, que se trancaram nos quartos e avisaram a polícia.
"Ela [uma das estudantes] falava muito baixo, estava preocupada: nós estamos todas em mulheres aqui, é uma república que só tem mulher e nós estamos com medo que eles vão estourar as outras portas para poder acessar onde nós estamos", descreve o PM, com base no relato de uma das moradoras da república feminina.
Segundo o capitão, policiais militares chegaram à residência rapidamente a tempo de evitar que o segundo suspeito também abusasse da estudante de veterinária.
"Arrombaram a porta da casa, os indivíduos ouviram o barulho, saíram no corredor do quarto para ver o que era, perceberam que era a Polícia Militar, tentaram fugir pelos fundos da casa que estava toda fechada ainda, foram alcançados e detidos."
Fonte: G1