“Não tenho problema com ensaios sensuais, mas nua eu não faria. Não acharia legal mostrar minha intimidade para todo mundo”, justifica.
Dona de uma autoestima bem elevada, a moça que nasceu em Santo Antônio de Pádua, no interior do Rio, nunca tentou ou quis esconder a perna mecânica.
“Adoro usar short e roupa curta. Detesto calça comprida”, diz. É à perna direita — ou a ausência dela — que Camille credita seus feitos: “Conheci metade do mundo por ser deficiente. Já apareci na Globo pela minha deficiência. Descobri um esporte e uma vocação por causa disso. Como não ser feliz?”.
Além da natação, Camille faz aulas de Fit Dance, e nas suas redes sociais posta vídeos mostrando as coreografias. A moça já foi rainha de bateria também.
“Meus pais nunca me trataram como alguém diferente. Se eu caía, meu pai me olhava e dizia: ‘Levanta’”, conta ela, que ama um espelho. “Me acho sensacional. Não sou uma Juliana Paes, mas tenho minha beleza”, diz ela, que namora um estudante de Fisioterapia.
Aos 3 anos, Camille teve que amputar a perna após nascer com uma malformação congênita. Para não comprometer seu crescimento, os médicos aconselharam aos pais dela a natação.
“Quando comecei a competir, ganhava de nadadores sem deficiência”, recorda. Ela não vê a hora de ter a torcida a seu favor, vibrando: “Não sei dizer o que sinto nestes dias que antecedem os Jogos. Mas sei que vai ser algo único na minha vida”.
Fonte: Extra Online