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Após ataques com incêndios a ônibus, duas linhas são suspensas na zona Oeste da Capital -

Depois de mais um ataque a ônibus no bairro Quintino Cunha, na zona Oeste de Fortaleza, o 17º do ano na Capital, pelo menos, duas linhas deixaram de funcionar entre a noite de ontem e a madrugada desta quarta-feira (23). Os motoristas dos coletivos que servem às linhas Antônio Bezerra-Vila Velha e Quintino Cunha-Antônio Bezerra, se recusaram a trabalhar, temendo novos atentados.
A tensão naquela área da Capital começou ainda na tarde de segunda-feira (21), quando uma criança foi baleada por seguranças privados durante uma tentativa de reintegração de posse em um terreno particular no bairro Quintino Cunha. A menina Mirela Ingrid da Silva Cabral, de apenas 3 anos de idade,  foi atingida por dois tiros e segue internada em estado grave.
Ainda na noite de segunda-feira, um grupo tentou incendiar um ônibus na Rua Deputado Matoso Filho. O veículo da linha Vila Velha-Antônio Bezerra, foi parcialmente depredado com fogo colocado por um grupo de 20 pessoas. Ontem à tarde, outro coletivo foi atacado e completamente incendiado na Avenida da Independência, no mesmo bairro.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do estado (Sindicato dos Motoristas), Sérgio Barbosa, falou da insegurança na área e, por recomendação da entidade, foram suspensas as viagens noturnas nas duas linhas. Não há informações, ainda, se elas serão reativadas na manhã desta quarta-feira (23).
Destruição
Famílias que ocupavam ilegalmente o terreno no bairro Quintino Cunha disseram que foram expulsas do terreno invadido por pessoas armadas que chegaram ali, na tarde de segunda-feira, dizendo serem da “Polícia” e que usaram de muita violência. Vários barracos foram destruídos e alguns chegaram a ser incendiados.
Em meio à confusão que se estabeleceu no local, tiros foram disparados e dois deles acabaram atingindo a criança. Mirela  Ingrid foi levada ao Frotinha do Antônio Bezerra e, em seguida, transferida numa ambulância do Samu para o Instituto Doutor José Frota, onde permanece. A Polícia Civil deverá instaurar inquérito para apurar o crime.

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