Os assassinatos tiveram aum acentuada alta no mês de janeiro na Zona Metropolitana de Fortaleza, principalmente nas cidade de Caucaia e Maracanaú
A Grande Fortaleza, que inclui a Capital e mais 18 municípios metropolitanos, registrou nos primeiros 13 dias de fevereiro uma onda acentuada de mortes violentas causadas, principalmente, pela guerra entre facções. No período, foram registrados 71 assassinatos. A matança de integrantes de grupos criminosos rivais atingiu, especialmente, Fortaleza, Caucaia e Maracanaú, que, juntas, somaram 50 mortes.
Entre os dias 1º e 13 deste mês, 28 pessoas foram assassinadas nas ruas da Capital, além de outras 13 em Caucaia e nove em Maracanaú. Entre as 28 vítimas da violência estão seis adolescentes. O ritmo das execuções sumárias tem preocupado as autoridades da Segurança Pública, que adotaram medidas emergências para tentar conter o “estouro” das estatísticas dos Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs) em todo o estado.
No mês de janeiro deste ano, o estado do Ceará apresentou um aumento real de 35.9 por cento dos assassinatos em comparação a janeiro de 2019. Foram totalizados neste ano, 261 crimes de morte, contra 192 em 2019, isto é, 69 assassinatos a mais.
Reforço
Diante da alta da criminalidade da RMF, a Secretaria da Segurança Pública adotou entre as medidas emergenciais a transferência de 100 policiais para o batalhão responsável pelo policiamento do Município de Caucaia, o 12º BPM. Além disso, incrementou operações na cidade com a mobilização extra de patrulhas das tropas especializadas, como Raio e Choque, e o apoio da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).
As medidas, por enquanto, ainda não surtiram o efeito desejado pelas cúpulas da SSPDS e da Polícia Militar. Em Caucaia, por exemplo, as execuções sumárias continuam a desafiar as autoridades. A média nestes registrada naquele Município metropolitano nos 13 primeiros dias de fevereiro foi de um homicídio a cada 24 horas, ou seja, um morto por dia.
Os bairros e comunidades mais violentos de Caucaia, como Padre Júlio Maria, o Distrito de Jurema e os conjuntos habitacionais Araturi, Metropolitano (Picuí) e Nova Metrópole estão praticamente “loteados” por criminosos pertencentes à facções. As mortes violentas nestas comunidades são acompanhadas do temor e do silêncio dos moradores, o que dificulta o trabalho da Polícia para elucidar cada uma delas.
FONTE FERNANDO RIBEIRO