Momento exato da prisão da advogada na cidade de Catarina, realizada por policiais do Cotar
A Justiça negou, nesta segunda-feira (18), um habeas corpus em favor da advogada Elisângela Maria Mororó, que juntamente com outros oito advogados, é investigada pelo Ministério Público do Ceará (MP-CE) sob suspeita de participação em uma rede de traficantes de drogas ligados a uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios cearenses.
Elisângela Mororó teve a prisão preventiva decretada no mês passado e estava foragida, mas foi capturada, na última quinta-feira (14), na cidade de Catarina, na Região dos Inhamuns (a 394Km de Fortaleza) por policiais do Comando Tático Rural (Cotar) e transferida para a Capital.
Ontem (18), a advogada participou de uma audiência de custódia, falou por cerca de 20 minutos e negou as acusações de envolvimento com o tráfico de drogas e com a facção criminosa que atua no Complexo Penal de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Seus defensores apresentaram o pedido de habeas corpus, mas a Justiça negou, mantendo a prisão preventiva.
E, além de ter que permanecer presa, Elisângela recebeu mais uma notícia ruim: a Ordem dos Advogados do Brasil (Secção Ceará) a suspendeu das atividades advocatícias pelo prazo de um ano, como medida disciplinar.
Investigada
O grupo de advogados passou a ser investigado com a descoberta de que estaria atuando como “pombo-correio” de chefes de uma facção criminosa atualmente presos nas Casas de Privação provisória da Liberdade (CPPLs), em Itaitinga. Com a proibição do uso de celulares nos presídios, os advogados assumiram o papel de manter a comunicação (através de bilhetes) entre os chefes da organização criminosa presos e seus “soldados” em liberdade.
A advogada Elisângela teve o sigilo telefônico quebrado por autorização judicial e foi flagrada negociando a venda de cocaína em grande escala. Por conta disso, a Justiça decretou sua preventiva. Ela fugiu de Fortaleza, mas foi detida em Catarina na semana passada.
fonte BLOG FERNANDO RIBEIRO