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Laudo balístico confirma que tiro que matou Jamile saiu da arma do namorado



Resultado do laudo balístico feito com o projétil retirado do corpo da empresária cearense Jamile de Oliveira Correia confirma que a bala que vitimou a mulher saiu da arma do advogado Aldemir Pessoa Júnior, namorado e principal suspeito pela morte de Jamile. A conclusão é mais uma peça no processo de investigação sobre o caso ocorrido na noite do último dia 29 de agosto. Jamile morreu vítima de um tiro no peito disparado dentro do próprio apartamento dela, localizado no bairro Meireles, em Fortaleza. 
A bala que atingiu a empresária saiu da pistola Taurus de modelo PT 938, pertencente a Aldemir, conforme constatou o laudo pericial da arma. 
“O projétil PC01, referente ao corpo de Jamile de Oliveira Correia, ao ser comparado com os padrões da Pistola Taurus (PT) 938 Nº KWE70022, mostrou-se convergente nos elementos de ordem específica que são, por excelência, individualizadores neste tipo de exame, tais como micro e macro estriamentos e derivações dextrógiras e sinistrógiras de linhas essenciais ao confronto, concluindo os técnicos que o projétil PC01 percorreu o cano da arma de fogo examinada”, informa o documento. 

O advogado e namorado da vítima já havia afirmado em depoimento que o tiro foi disparado por ela mesma durante uma discussão, com a arma que ele deixava guardada no apartamento. 
MÉDICOS DESCARTAM SUICÍDIO 

O médico que realizou a cirurgia de Jamile foi ouvido pela polícia, no 2º Distrito Policial nesta sexta-feira (11). Ele afirma que não havia sinais de queimadura, geralmente deixados pela arma quando o tiro é disparado encostado na pele da pessoa. 

Cinco funcionários da equipe médica do IJF também foram ouvidos na tarde da última terça (8). Conforme os depoimentos, eles não acreditam na possibilidade de suicídio

Em relação a um hematoma no olho de Jamile, a vítima contou ao médico que teria sido causado por uma queda. 

Uma anestesista contou que chegou a atender Jamile ainda com vida. A empresária disse estar “com muita dor”. Perguntada sobre um hematoma no olho, Jamile respondeu ter sido causado por “uma queda”. A depoente declarou que viu o orifício do projétil, “não havendo queimadura ao redor”. Portanto, acredita que “o tiro não foi encostado”.

“A depoente disse que, quando viu a paciente, em nenhum momento pensou que havia sido uma tentativa de suicídio”, revela o depoimento. Conforme a anestesista, o perfil de pacientes que dão entrada no hospital por esse motivo se dá por pulos, ingestão de medicamentos ou tiro na cabeça. Ela salienta ainda que a paciente, em nenhum momento, "pediu para morrer", o que costuma ocorrer em casos de suicídio.

Outro médico relatou que "somente na borda do orifício de entrada estava um pouco esfumaçado", mas não saberia apontar se o disparo foi à queima-roupa, a curta ou a longa distância. O profissional também indicou que "a lesão no olho da paciente parecia ser referente a agressão física".




Jamile

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