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Ministério Público desarticula quadrilha de advogados que pagavam propina para beneficiar criminosos na Justiça e nos presídios



A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco)

Uma investigação realizada pelo Ministério Público do Ceará revelou a existência de um complexo esquema criminoso composto por funcionários públicos, particulares e advogados, os quais atuavam junto às Instituições de Administração da Justiça e Delegacias locais. O esquema consistia em garantir, mediante o pagamento de propina, a distribuição de processos para juízos previamente escolhidos, transferências de presos para unidades prisionais específicas, entre outros crimes.

Por conta disso, na manhã desta sexta-feira (2), Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em parceria com a Coordenadoria de Inteligência (COIN) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), deflagrou, na manhã desta sexta-feira (2), a "Operação Rábula", nos Municípios de Fortaleza, Caucaia e Maracanaú. As diligências estão cumprindo 25 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisões preventivas e sete de prisões temporárias.

Além de transferências de presos e escolhas de juízos para a tramitação dos processos, os investigadores descobriram também que os envolvidos obtinham designações de datas próximas para a realização de audiência de custódia, confecções de cartas de emprego e certidões públicas falsas, bem como influência em decisões judiciais, através da interveniência de funcionários da Justiça.

Outra quadrilha

As investigações também desvelaram a existência de outro grupo criminoso, dedicado a furtos mediante arrombamentos de caixas eletrônicos bancários, que contava igualmente com a participação de advogados, particulares e criminosos trazidos do estado de Santa Catarina para atuarem no Estado do Ceará.

Os mandados judiciais foram deferidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza e estão sendo cumpridos com o apoio do Núcleo de Investigação Criminal do MPCE (NUINC), do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil do Estado do Ceará (DTO), da Polícia Militar do Estado do Ceará e da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (COINT).
FONTE BLOG FERNANDO RIBEIRO

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