Trata-se da segunda alta desde meados de setembro. Na sexta-feira da semana passada (30), a empresa tinha feito um reajuste de 2,21% no preço do combustível, após uma sequência de cortes no preço de venda para as distribuidoras.
O repasse do reajuste para o preço final pago pelos consumidores depende de distribuidores, revendedores, impostos, além da mistura obrigatória de etanol anidro na composição da gasolina vendida nos postos.
O aumento do preço da gasolina nas refinarias ocorre em meio a uma alta do dólar frente ao real na semana, que encarece as importações, e também em função da queda do preço do barril de petróleo.
Quanto ao diesel, a Petrobras informou na semana passada a redução de 15,3% do preço médio do produto em suas refinarias e terminais, para R$ 1,7984 por litro. O reajuste será válido até 15 de dezembro e corresponde ao quinto período da 3ª fase do programa federal de subvenção ao preço do diesel.
A Petrobras adota novo formato na política de ajuste de preços desde 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior periodicidade, inclusive diariamente. A política leva em consideração o câmbio e também os preços do petróleo no mercado internacional, além de outros fatores.
Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 18,79% e, o do diesel, valorização de 32,65%, segundo dados do Valor Online.
Preço nas bombas
O preço médio da gasolina para o consumidor terminou a semana passada em queda de 1%, o que representa um recuo de apenas R$ 0,04, para o total de R$ 4,505 por litro, segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP).
No mês de novembro, a queda do valor nas bombas foi de cerca de 4%, ou o equivalente a R$ 0,21. A queda foi bem menor do que a promovida nas refinarias, de 1,3% na semana e 17% no mês, aproximadamente.
Pelos números do IBGE, a queda média nos preços da gasolina nos postos do país foi de 2,42% em novembro. No ano, entretanto, a alta acumulada ainda é de 12,66%.
Segundo cálculo mais recente da Petrobras, o preço que a empresa cobra nas refinarias representa menos de um terço (26%) do valor pago pelos consumidores. Os números sugerem que, nos últimos meses, os postos vêm aumentando sua margem de lucro.
Fonte: G1