De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), todos os 2.345 postos de saúde na Capital e Interior já receberam do Ministério da Saúde doses das vacinas. A meta é imunizar 95% dos cearenses com idades de 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias. Apesar de o sarampo e da poliomielite serem doenças eliminadas no Ceará, os vírus continuam circulantes no mundo, o que torna necessária a vacinação para proteger de doenças que podem levar à morte ou deixar sequelas irreversíveis.
Erradicação
A poliomielite, mais conhecida como paralisia infantil, está erradicada no Brasil desde 1990. No Entanto, o sarampo eliminou a circulação do vírus em 2016, após o controle de um surto no Ceará, em 2015, quando 916 casos foram confirmados (2013 a 2015) no Estado. Antes, no entanto, em 2013, foi o estado vizinho, Pernambuco, que registrou casos da doença. Conforme o Ministério da Saúde, entre 2013 e 2015, ocorreram surtos decorrentes de pacientes vindos de outros países, sendo registrados neste período 1.310 casos da doença.
Nos surtos de sarampo ocorridos no Ceará e em Pernambuco entre 2013 e 2015, as ações de bloqueio e campanha de vacinação foram eficientes e resultaram na interrupção da transmissão da doença. Em 2017, casos de sarampo em venezuelanos que adentraram no estado de Roraima foram confirmados, ocasionando um surto da doença no estado, com ampliação de casos da doença para Manaus em 2018. O Ministério da Saúde permanece monitorando a situação do sarampo em todo o País, especialmente em Roraima e no Amazonas, e as medidas de controle e prevenção já estão sendo realizadas.
Riscos
Conforme dados a Sesa, 61 municípios têm "risco alto" de retorno do vírus. A Capital e Caucaia, as duas cidades com maiores populações do Ceará, apresentam "risco muito alto" de reintrodução do agente causador do sarampo. Outros 67 municípios estão com a ameça "média", conforme análise da pasta estadual de saúde publicada no último dia 31 no Diário do Nordeste.
Postos
As salas de vacinação de todos os postos de saúde da Capital ficam abertas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30. Nos fins de semana, apenas as unidades Paulo Marcelo, no Centro, e Messejana abrem, das 8h às 16h30. No próximo sábado, 18 de agosto, acontece o Dia D da campanha e todos os postos ficarão abertos. Fortaleza deve contar ainda com minipostos móveis em praças, igrejas, supermercados e escolas.
Apesar da campanha, no primeiro dia de vacinação, em alguns postos de saúde da Capital, foram registradas faltas de vacinas, conforme denunciou uma matéria publicada no dia 7 de agosto.
Neste ano, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a poliomielite e sarampo está sendo feita de forma indiscriminada, para manter coberturas homogêneas de vacinação. O foco são as crianças de um ano a menores de cinco devem se vacinar, independente da situação vacinal. Para a poliomielite, as crianças que não tomaram nenhuma dose durante a vida, receberão a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Já os menores de cinco anos que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a Vacina Oral Poliomielite (VOP), a gotinha. Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina Tríplice viral, independente da situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias.
Fonte: Diário do Nordeste