O mesmo trafegava pelo Anel Vário nas imediações da ponte sobre o Rio Salgadinho no bairro do mesmo nome. Provavelmente, os assassinos trafegavam numa motocicleta e trataram de interceptar o carro já atirando na direção do mesmo. Francisco perdeu o controle de direção e desceu um aterro numa área de brejo indo parar dentro do mato após derrubar uma cerca de arame farpado quando o veículo de luxo esbarrou no tronco de uma árvore.
Ele era proprietário de um edifício residencial na Avenida Padre Cícero (São José) ao lado do qual construiu ainda o Auto Shopping Car onde hoje funciona uma instituição de ensino superior. Num relatório do Ministério Público, ele foi acusado de crimes de grilagens de terras, estelionato e homicídio em Juazeiro quando a promotoria de justiça chegou a pedir sua prisão preventiva. Entretanto, Francisco sempre negou o cometimento de crimes em Juazeiro.
Além disso, ainda hoje perdura um conflito seu por terras envolvendo a Diocese de Crato no entrevero contra a FP Construções e Empreendimentos que pertence ao mesmo. A batalha judicial já se arrasta há algum tempo desde a contestação feita pelo então bispo, Dom Fernando Panico. A briga pelas terras remonta à negociação de uma área entre os bairros São José e Frei Damião na época em que o Padre Murilo ainda era pároco da Matriz de Nossa Senhora das Dores.
OUTRO – Meia hora antes, na Praça Josino Araruna perto da Estação de Fátima no bairro Pio XII, um homem identificado por Almir foi executado a tuiros na cabeça. Trata-se de um ex-presidiário que morava no Sítio Carás do Umari em Juazeiro. O mesmo cumpria pena no regime semiaberto e usava uma tornozeleira eletrônica. Os dois corpos foram recolhidos para serem necropsiados na Perícia Forense de Juazeiro.
Já são três assassinatos no mês de julho em Juazeiro e 54 este ano no município. O último tinha ocorrido no dia 04 quando o pizzaiolo Francisco Elon de Souza Moreira, de 30 anos, que residia na Rua Coronel Nery (Pio XII), foi morto a tiros por dois homens numa moto no cruzamento das ruas Paizinho Sabiá e Carlos Alberto Alves Quirino ao lado do Parque de Vaquejadas. Ele respondia procedimento por porte ilegal de arma de fogo e outro que tramitava em segredo de justiça na Comarca de Juazeiro.
Fonte: Miséria