Os presos eram, de acordo com uma fonte que não quis se identificar, um vigia e um auxiliar de serviços gerais da escola. Tinham entre 40 e 45 anos e um deles, que tem antecedente criminal por gesto obsceno, confessou o abuso. O estupro acontecia dentro do banheiro no fim dos intervalos ou após as aulas.
A mãe da criança revelou, em entrevista à TV Diário, que o filho chegou em casa se queixando de dores na terça-feira. “Inocentemente achei que ele havia levado uma queda. Quando vi os machucados achei que se tratava de assaduras. Então comecei a perguntar se não tinha acontecido nada e ele apenas me abraçou e chorou muito”, explica.

Clima de pânico na cidade
O clima na cidade de 50 mil habitantes é de muito abalo. Nenhum coordenador, professor ou aluno comenta o caso. A Escola Patronato São José informou, em nota, que “em face de fatos que supostamente teriam acontecido no ambiente escolar, está contribuindo com as autoridades para que tudo seja esclarecido”.
A instituição disse ainda que está conduzindo apurações administrativas e que vem se solidarizando com a família da criança. A mãe conta que não confia mais na instituição. Outras mães de filhos que estudam lá relatam que o clima é de pânico, e que as crianças temem voltar às aulas, que inclusive correm normalmente.
A fonte que não quis se identificar destacou também que, no entanto, a assistência à família da vítima tem sido dada, de fato, pela fábrica onde os pais da criança trabalham. Eles moram em Itapajé há cerca de um ano.
A mãe da criança apela para que outras mães tenham coragem de denunciar crimes do tipo. “Não se calem por medo ou por vergonha, isso não pode ficar impune”, desabafa. A delegacia da cidade conversará com funcionários da escola e se empenhará em descobrir se outros casos aconteceram.
Fonte: Diário do Nordeste