No intervalo de três anos e meio – entre janeiro de 2015 e junho de 2018 – nada menos, que 150 pessoas foram mortas em 25 casos de chacinas no Ceará. A mais recente matança coletiva ocorreu na noite de ontem (28), quando quatro pessoas acabaram executadas sumariamente, a tiros, na periferia da cidade de Quixeramobim, no Sertão Central (a 201Km de Fortaleza).
Somente neste primeiro semestre de 2018, cinco chacinas deixaram 39 mortos no Ceará, sendo dois casos em Fortaleza (nos bairros Cajazeiras e Benfica), um na Região Metropolitana (em Maranguape) e dois no interior (nos municípios de Itapajé e Quixeramobim).
A chacina com maior número de vítimas na história do estado aconteceu em fevereiro último, quando 14 pessoas, a maioria mulheres jovens, foram fuziladas por membros de uma facção criminosa em uma casa de forró denominada de “Forró do Gago”, localizada na comunidade Barreirão, bairro Cajazeiras, na zona Sul da Capital.
Em dois dias (21 e 22) de maio de 2016, 14 presos foram assassinados em presídios da Grande Fortaleza, durante uma rebelião orquestradas por facções criminosas durante a greve dos agentes penitenciários.
Em novembro de 2015, 11 pessoas foram assassinadas, supostamente, por policiais militares, numa represália pela morte de um PM. A matança aconteceu nas ruas dos bairros Curió, São Miguel e Lagoa Redonda, ficando conhecida como a Chacina do Curió. O Ministério Público denunciou de PMs pelos crimes. Eles tiveram prisão preventiva decretada, passaram mais de um ano recolhidos no Presídio Militar e agora aguardam o julgamento em liberdade.
Em novembro do ano passado, quatro adolescentes infratores, que estavam recolhidos em um centro educativo para cumprir medidas socioeducativas, no bairro Sapiranga-Coité, em Fortaleza, foram seqüestrados por uma facção e assassinados.
fonte BLOG FERNANDO RIBEIRO.