Revelações sobre contexto que culminou em duplo homicídio seguido de suicídio, na Avenida Alberto Craveiro, no último domingo (8), quando um casal de namorados destinava-se ao estádio Castelão para assistir à final do Estadual 2018 começam a aparecer.
Uma amiga da corretora de seguros Carla Carrilho, 40, morta pelo ex-companheiro, afirmou ao Diário do Nordeste que a vítima já recebia ameaças de morte e tinha registrado um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra Marcos Roni Albuquerque de Morais, 43. Carla foi assassinada junto de Rafael Carlos Bispo, 31. O atirador e ex-companheiro, Marcos Roni, cometeu suicídio em seguida.
"A Carla já estava separada há algum tempo. O Rafael era namorado dela. O Marcos era ex-companheiro, tinha uma medida protetiva contra ele. Ela já tinha aberto B.O. por ameaças", explicou a amiga da vítima, a vendedora Mariana Pinheiro.
Nas redes sociais, Marcos Roni havia postado uma foto com Carla Carrilho e uma criança, no dia 26 de janeiro deste ano, com a legenda "Eu e elas, matando a saudade!".
Namoro desde os 16 anos e união estável
Segundo Mariana, Marcos e Carla, nascidos em São Paulo, começaram a namorar quando ela tinha 16 anos de idade e a relação durou mais de duas décadas, evoluindo para uma união estável. Ambos trabalhavam como corretores de seguro em Fortaleza. Ele não aceitava o término do relacionamento. Os dois deixaram duas filhas, de 15 e 3 anos de idade.
O corpo de Carla Carrilho será traslado para São Paulo. Um familiar da vítima está vindo buscar as duas garotas que perderam mãe e pai.
O CRIME
Mulher chegou a ser retirada do veículo; assassino retornou e fez novos disparos
Marcos Roni se aproveitou do engarrafamento para sair do seu veículo, um Chevrolet Onix de cor prata e alugado, para andar até o Chevrolet Prisma branco, que estava na frente, desferindo vários tiros contra Carla e Rafael Bispo.
Uma testemunha contou à reportagem que a mulher chegou a ser retirada do automóvel por pessoas que passavam pelo local, mas o assassino voltou e efetuou mais tiros contra ela. Em seguida, Marcos atirou contra a própria cabeça.
Ele chegou socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Instituto Doutor José Frota (IJF), mas morreu horas depois. A primeira linha de investigação da Polícia Civil é de crime passional.
fonte DN