Os aportes recebidos pelo açude nos últimos dias fizeram com que ele atingisse 5,01% da sua capacidade de armazenamento - no início deste ano, ele estava com 2%. O Castanhão é o principal reservatório que abastece a Grande Fortaleza.
O Castanhão é maior açude do Ceará, com capacidade de armazenamento 6,7 bilhões de metros cúbicos; os 5,01% representam 335 milhões de metros cúbicos. Localizado na bacia do médio Jaguaribe, sozinho, o Castanhão tem 37% de toda a capacidade de armazenamento dos reservatórios cearenses.
Até esta quarta-feira (11), 17 açudes do Estado registraram volume acima de 90% e 95 receberam aporte nas últimas 24 horas.
O maior aporte foi no açude Araras, o quarto maior Ceará - atrás apenas do Castanhão, Orós e Banabuiú. O Araras recebeu 31 milhões de metros cúbicos nas últimas 24 horas.
Açudes Sangrando
Ainda nesta quarta (11), o açude São Vicente começou a sangrar. Os açudes Acaraú Mirim, Barragem do Batalhão, Caldeirões, Cocó, Colina, Germinal, Itaúna, Maranguapinho, Tijuquinha e Tucunduba também estão sangrando.
Retração
Pelo menos sete das 12 regiões hidrográficas em que está dividido o Ceará registraram uma retração no volume armazenado neste mês em comparação ao início do ano: Curu, Serra da Ibiapaba, Acaraú, Metropolitana, Banabuiú, Médio e Alto Jaguaribe.
A queda justifica a média estadual de esvaziamento em relação a 1° de janeiro de 2018 - de 12,5% para 10,60% em 10 de abril.
Chuva
As chuvas, por outro lado, têm ajudado a reverter o quadro em regiões com maiores precipitações. A unidade regional hidrográfica da bacia do Salgado foi a que apresentou o maior crescimento nos primeiros 100 dias de 2018: saiu de 15,1% para 23% de sua capacidade de armazenamento.
Em segundo lugar está a bacia de Coreaú, no extremo litoral oeste, que tinha um acumulado de 81,2% e agora está com 86,5%.
Conversão do volume armazenado
O maior definidor da conversão do volume armazenado no Estado será mesmo a bacia do médio Jaguaribe, onde está o Castanhão. Apesar dos aportes recebidos pelo açude nos últimos dias (hoje apontando 5%), aquela região hidrográica ainda está com 4,6% de toda a capacidade de armazenamento, contra 5,3% do início do ano.
fonte DN