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Presidente do Conselho Estadual de Segurança diz que a violência está "massacrando" a população cearense



Vasques participou, na manhã desta sexta, do programa "Ceará News", da Rede Plus de Rádio FM

"Não vamos silenciar enquanto não enxergarmos um plano efetivo que possa reduzir esses índices que estão massacrando a população do estado do Ceará”. A declaração partiu do advogado criminalista e presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública, Leandro Vasques. Nesta sexta-feira (26) ele concedeu entrevista ao programa “Ceará News”, da Rede Plus de Rádio FM, quando abordou sobre a violência no Ceará.

Segundo o presidente, “o Conselho não pode ter uma posição decorativa ou alegórica”, diante dos altos índices da violência que domina o estado do Ceará, com o número recorde de 5.134 assassinatos em 2017 e mais de 400 nos primeiros 25 dias de 2018.

Nesta sexta-feira o Conselho se reúne mais uma vez de forma extraordinária para receber a presença do secretário da Segurança Pública e Defesa Social, delegado federal André Costa. O objetivo é a divulgação de um plano de segurança o estado que vise reduzir a violência armada e os Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs) em 2018.

Segundo Vasques, diante do cenário de terror que domina o estado, o cidadão cearense sofre uma verdadeira revolução nos seus hábitos. “Na camada mais pobre, as pessoas estão aflitas, passando por uma verdadeira guerra civil na periferia. Já na classe média, acabou a diversão em casas de veraneio, por exemplo. As pessoas agora ficam dentro de condomínios. Ninguém mais pode sair à noite para um evento social ou mesmo para ir à missa”.

Sentinela

Ele citou o caso de uma reportagem recente em que o dono de uma pizzaria localizada no bairro Cidade dos Funcionários revelou ter o estabelecimento sido assaltado 11 vezes. E o caso de um pequeno comerciante da periferia que está sendo obrigado agastar dois mil reais por mês para manter uma segurança armada e câmeras para não ser novamente assaltado.

“Oficiamos ao secretário de Segurança para que ele apresente um plano de enfrentamento à violência. Estamos de sentinela para ouvir o que o governo tem a nos dizer diante deste cenário preocupante”, finaliza.

fonte Blog Fernando Ribeiro


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