Desde o 1º dia de janeiro de 2018 até a última segunda-feira (29), data do último levantamento oficial divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), pelo menos, 440 Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) foram registrados. Hoje, os números consolidados do balanço do mês ainda devem ser mais altos.
A soma das pessoas mortas não se resume a possíveis integrantes de facções criminosas. Na conta, estão adolescentes e mães de famílias, como algumas das oito mulheres assassinadas na chacina.
O episódio da madrugada do último sábado (27), seguido por uma sequência de ocorrências com mais de uma vítima, em outros bairros da Capital e municípios do Ceará, mostrou que as tragédias não se resumem a um "fato isolado", como considerou o titular da SSPDS, André Costa.
Os milhares de CVLIs contabilizados nos últimos anos dão conta que os assassinatos são parte de um círculo vicioso, patrocinado pelas facções criminosas, que também aflige até os detentos.
Em 2017, as execuções no Ceará chegaram a 5.134. Quando comparado ao ano de 2016, o acréscimo nos casos de CVLIs foi de cerca de 50%.
Soluções
Ontem, o secretário afirmou em uma rede social que, junto ao trabalho de investigação da Polícia Civil, o policiamento ostensivo da PM é foco da Pasta. Segundo André Costa, desde o ocorrido nas Cajazeiras, houve aumento no número de apreensões de armas.
"A intensidade das abordagens já gerou 34 armas apreendidas apenas em Fortaleza e Região Metropolitana, de sábado até agora", disse o titular da SSPDS explicando a necessidade de ser mantida a ordem nas ruas, para evitar outras possíveis chacinas.
Também ontem, o Ministério Público do Estado (MPCE) anunciou a assinatura de um Termo de Cooperação Mútua com o Governo para a redução dos índices de violência. O documento formaliza a disponibilidade de investigadores do MPCE no combate às facções e a parceria com outros órgãos de Inteligência.
Fonte: Diário do Nordeste