A cena foi gravada em vídeo por alunos que presenciaram a agressão de dentro das salas de aula. Nas imagens é possível ver quando a professora é abordada e jogada no chão. A aluna puxa a diretora pelos cabelos e lhe agride no rosto, quando ela já estava caída.
Ela está agora com ferimentos no rosto e cortes na cabeça. Segundo ela, a decisão de denunciar foi para que novos casos não aconteçam com outros educadores.
“Ela chegou com outros alunos sem o fardamento completo e eu informei que no dia seguinte eles não poderiam entrar se viessem daquela forma. Ela esperou então que o corredor ficasse vazio e me agrediu. Não quero que casos assim aconteçam novamente, eu acredito no poder da minha profissão e da educação”, disse a diretora.
A diretora explicou ainda que a aluna entrou na escola em agosto, sendo transferida por ter distúrbios de comportamento e problemas de socialização, mas que até o momento não havia apresentado maiores problemas. Ela entrou na escola por determinação do Conselho Tutelar, de acordo com a diretora, porque no local não havia mais vagas. O caso foi registrado na delegacia do menor infrator, em Teresina. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) se posicionou por meio de nota:
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) lamenta o fato da diretora da Unidade Escolar Firmina Sobreira ter sido agredida fisicamente, por uma aluna do 8ª ano do Ensino Fundamental, de 16 anos, após ter sido cobrada pelo uso do fardamento completo. O uso do fardamento é obrigatório em todas as escolas da rede estadual e os pais e os alunos tomam conhecimento da obrigatoriedade no ato de matrícula.
A Seduc informa que repudia qualquer tipo de violência física ou psicológica, independentemente da motivação e que, após a ocorrência, a estudante acusada de cometer a agressão foi encaminhada para a secretaria da escola e seus pais foram chamados.
A Secretaria informa, ainda, que a estudante apresentava problemas de socialização e vinha sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar, que também foi acionado, mas informou que não poderia comparecer à escola.
Equipes (psicólogo e assistente social) da 4ª Gerência Regional de Educação e da Companhia de Policiamento Escolar (CIPE) estão na Unidade para prestar assistência à diretora e apurar o caso. O resultado da apuração será enviado ao Conselho Escolar para que seja assinada a transferência da estudante.
A Secretaria de Educação destaca que vem desenvolvendo nas escolas projetos contra todo tipo de violência, como o Paz nas Escolas, e que em 2018 esses projetos serão intensificados.
Fonte: G1