O levantamento considera negros como a soma de pretos e pardos. No Brasil, segundo o IVJ, jovens negros têm 2,71 mais chances de serem assassinados do que jovens brancos. Ainda de acordo com os dados, o Ceará ocupa a segunda posição do País quando avaliados todos os componentes do índice, que levam em consideração pobreza, taxa de mortalidade e homicídio, frequência escolar e situação de emprego e está entre os 12 estados com alta vulnerabilidade. Quando avaliados apenas os riscos relativos de homicídios entre negros e brancos, o Estado é o sétimo do País e o segundo do Nordeste.
O IVJ também analisou todos os 304 municípios com mais de cem mil habitantes no tocante à violência contra jovens, sob as variáveis: mortalidade por homicídios e por acidentes de trânsito, frequência à escola, escolaridade e inserção no mercado de trabalho. Os 21 primeiros são classificados como oferecendo vulnerabilidade "muito alta". O município com menos risco ao jovem foi São Caetano do Sul (SP).
No Ceará, nove municípios estão entre os com alta e média fragilidade. São eles: Caucaia, na 27ª posição; Fortaleza, na 43ª; Maracanaú (47º); Itapipoca (49º); Juazeiro do Norte (53º); Iguatu (54º); Sobral (63ª colocação); Maranguape (84º) e Crato (132º).
Em reportagem publicada nesta segunda-feira, intitulada “Jovem, negro e da Periferia é o perfil de quem mais morre no Ceará”, o Diário do Nordeste chama atenção para o problema. A matéria traz dados do Crimes Violentos Letais Intencionais desse ano do Governo do Estado. Segundo as informações, entre 2013 e julho de 2017, 51 adolescentes de 12 a 17 anos foram mortos por policiais. Esse ano, entre janeiro e julho, 222 foram assassinados em Fortaleza, com um aumento de 71% quando comparado o mesmo período de 2016.
fonte DN
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