Anderson Rodrigues Leitão, acusado de matar a ex-namorada, a bailarina cearense Ana Carolina de Souza Vieira, por asfixia mecânica em São Paulo, no dia 02 de novembro de 2015, foi condenado a 11 anos e quatro meses de reclusão pelo crime, nesta terça-feira (5). A decisão foi do 1º Tribunal do Júri do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. O administrador também foi condenado por furtar dinheiro e objetos da vítima.
Dez anos da pena foram determinados por homicídio qualificado e um ano e quatro meses por furto simples, em regime inicial fechado.
Anderson confessou ter esganado a dançarina após uma discussão no apartamento onde ela residia, na Zona Sul da capital paulista. Após o crime o acusado permaneceu com o corpo da vítima no local, com incensos acesos e um ventilador ligado, para evitar que o odor chegasse fora do imóvel.
Em seguida, Anderson fugiu levando U$ 700,00, £ 80,00 e R$ 800,00, além do aparelho celular e cartões bancários da vítima.O corpo dela foi encontrado dois dias depois.
Além de feminicídio, as outras qualificadoras do assassinato são meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, homicídio doloso qualificado e ocultação de cadáver.
Relembre o caso
nascida no Ceará. Foi encontrada morta na manhã do dia 04 de novembro de 2015, no apartamento em que morava na cidade de São Paulo.
Na segunda-feira (2/11/2015) o ex-namorado Anderson foi barrado no edifício, mas insistiu e conseguiu a permissão do porteiro. O boletim de ocorrência relata que os zeladores do prédio sentiram um forte odor vindo do 5° andar.
Os zeladores entraram na casa e encontraram o corpo da dançarina em cima da cama e com sinais de violência. Anderson confessou o crime, contando ao portal G1 que estrangulou a ex-namorada com as próprias mãos.
Ele afirmou que comprou um veneno de rato "porque queria morrer abraçado com ela", tomou o remédio mas este não teria feito efeito em seu organismo.
O administrador confessou também, à Polícia de São Paulo, que já esteve preso em Florianópolis por tráfico de drogas. Ele também respondeu por estelionato, improbidade administrativa, crime de ameaça. desacato a autoridade, lesão corporal e lei Maria da Penha.
"Ele me traiu. Fiz tudo que podia para ajudar uma pessoa que está sofrendo a superar o término [do relacionamento]. Levei ele a um psicólogo, na missa... Tudo para que ele tirasse essa fixação na minha filha", desabafou a mãe de Ana.
Ana havia participado em junho do mesmo ano do concurso "Bailarina do Faustão". Na época, chegou a dar uma entevista ao Diário do Nordeste sobre o concurso.
fonte DN