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Jovem mãe doou leite que alimentou 20 bebês internados em UTI do Ceará A estudante de Direito Cristiana Gondim Vilarouca, de 22 anos, foi a mãe que mais doou leite materno no Ceará em 2017

Pouco tempo após o nascimento de Alice, sua primeira filha, a estudante de Direito Cristiana Gondim Vilarouca, de 22 anos, se tornou a mãe que mais doou leite materno no Estado. Isso considerando os meses de janeiro a agosto de 2017.

Foram 30 litros de leite materno durante quase quatro meses. A quantidade de leite doada foi tanta que foi possível beneficiar, em 10 dias, 20 bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Geral Dr. César Cals, da rede pública do Governo do Ceará.

“É muito gratificante fazer a doação e saber que estou ajudando outros bebês”, destaca Cristiana, que foi incentivada pela tia, profissional de enfermagem, ao percebê-la com excesso de leite.

Convencida da importância da doação, ela soube por meio de uma amiga, que já era doadora, como proceder. “Eu conversei com uma amiga que já doava, liguei para me informar e logo passei a doar para o banco de leite do HGCC”, lembra.

Assim como Cristiana Vilarouca, outras 230 mães tiveram a mesma atitude e passaram a ajudar a salvar a vida de bebês prematuros. Até julho deste ano, o volume de leite doado chegou a 871,5 litros no Hospital César Cals. Com isso, mais de 1.500 bebês puderam ser alimentados com leite materno.

“As mães que doam, doam também o tempo, a dedicação e também o leite. É como se elas se tornassem também a mãe de outros bebês”, destaca Cristina Rabelo, enfermeira do banco de leite do HGCC.

Agraciado

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Cristiana e a filha Alice (FOTO: Arquivo pessoal)
O filho de Maria da Penha Fernandes, de 32 anos, da cidade de Itapajé, no interior do Ceará, é um dos beneficiados com o leite doado por Cristiana e outras mães. O pequeno José Rick, nascido prematuro de 27 semanas de gestação em 20 de junho deste ano, está na UTI para ganhar peso, para se recuperar e voltar para casa.

Ele nasceu com 860g e atualmente, depois de dois meses de internação, já está com 1,84 kg. Tudo por causa da alimentação com leite materno.

“Não vejo a hora de levar meu filho para casa. Ele ganhou preso, tem dificuldades respiratórias, mas está se recuperando”, explica a mãe.

Maria da Penha reconhece o valor das mães que doam e sabe da importância que é poder contar com a solidariedade e a atenção delas. “Essas mães têm a consciência de humanidade, pois se importam com as mães que não podem amamentar e se dispõem a ajudar. Eu sempre converso com minhas amigas, quando elas vêm me visitar, para que se tornem doadoras”, diz.

Mãe de dois filhos, Maria da Penha sabe o valor que tem o leite materno. Se depender de Cristiana, a doação seguirá, ela quer doar muito mais. “Eu mando o leite duas vezes por semana. Quero doar o quanto eu puder”, afirma Cristiana.

A doação é um gesto simples, mas que faz toda a diferença no processo de recuperação dos bebês prematuros. As mães, que têm os filhos internados, por causa do estresse e da preocupação com a recuperação dos bebês ou por algum outro motivo, não conseguem produzir o leite necessário. São nesses casos que o leite doado é utilizado para reforçar a alimentação.

FONTE TRIBUNA DO CEARÁ 




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