Um grupo de aproximadamente 50 policiais civis (entre inspetores e escrivães) decidiu acampar na porta do Palácio da Abolição, na Avenida Barão de Studart, no Meireles. A ação faz parte do movimento que a categoria vem realizando em busca do atendimento de suas reivindicações por parte do governo estadual.
Os policiais estão revoltados diante da postura do governador Camilo Santana (PT), que não atende às demandas da categoria. Os servidores chegaram a deflagrar uma greve, mas a Justiça considerou a paralisação ilegal e determinou o retorno às atividades.
Os policiais exigem a reposição salarial de 2015-2016, brigam por melhoria de vencimentos e a redução da gritante diferença de salários com a classe dos delegados, pede melhores condições de trabalho e a retirada de todos os presos das delegacias da Capital, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e do Interior.
Desde a semana passada, a classe vem realizando atos públicos para divulgar junto à população a forma como vem sendo destratada pelo Governo. Os servidores suspenderam a emissão de Boletins de Ocorrência (B.O.s) naquelas delegacias onde não houve a transferência dos presos para o Sistema Penitenciário. Simbolicamente, eles entregaram as chaves dos xadrezes à direção da instituição.
Os policiais também deverão entregar todos os coletes à prova de bala que, segundo eles, estão com o prazo de validade vencido.
Em nota oficial, o Governo do Estado se limitou a informar que não entende a razão do movimento dos policiais civis.
Por FERNANDO RIBEIRO