-->

MAIS VIOLÊNCIA Clima continua tenso no Serviluz após morte de três mulheres e mais um ônibus é incendiado no bairro

Um segundo coletivo foi incendiado na noite desta terça-feira naquele bairro

Pela segunda vez em apenas três dias, mais um ônibus é incendiado nas ruas do bairro Serviluz no Grande Mucuripe, na zona Leste de Fortaleza. O fato ocorreu na noite desta terça-feira (18). Por conta disso, na manhã de hoje (19) os coletivos das linhas Parangaba-Mucuripe e Serviluz-Caça e Pesca deixaram de circular nas ruas do bairro. Os motoristas temem novos ataques à qualquer momento.

Os ataques contra coletivos tiveram início no fim de semana após a morte de três moradoras da comunidade da Estiva. As três jovens, identificadas como Cristiane Silva Holanda, 23 anos; Maria Mikaela Guedes Nogueira, 20; e Thaynan Rodrigues de Sousa, 22,  foram fuziladas dentro de bar na noite de sábado (15). A Polícia suspeita de um crime de “acerto de contas”. Os assassinos chegaram no local numa Hilux preta. Minutos antes, uma viatura da PM passou pelo local do triplo homicídio, conforme o relato de moradores.

Diante da tripla execução, os moradores passaram a protestar e no dia seguinte, domingo, incendiaram um coletivo na Avenida Vicente de Castro. Na noite desta terça-feira (18), a mesma cena se repetiu. No entanto, Polícia e Bombeiros chegaram rapidamente no local e evitaram a total destruição do coletivo. Logo depois, a PM realizou várias batidas na área e prende um homem armado com um revólver.

Hoje, conforme os moradores, os ônibus deixaram de circular nas ruas do bairro. Quem ali reside e teve que acordar cedo para ir trabalhar teve que seguir a pé até a Avenida Vicente de Castro para apanhar um coletivo. Já as topiques que circulam pelo Serviluz não interromperam as viagens nem alteraram o trajeto.

Nega

Contatada via telefone nesta manhã, a assessoria de Imprensa do  Sindicato das Empresas de Ônibus (Sindiônibus) negou a suspensão ou alteração do sistema de transporte coletivo no bairro. Conforme a entidade, suspensão houve sim na última segunda-feira, mas que hoje a situação está normal. Informou, ainda, que o sindicato estuda se há necessidade de interromper a circulação dos “corujões”, os coletivos que trafegam depois das 23 horas.

Por FERNANDO RIBEIRO



Clique aqui para comentar