A revisão dos processos dos 1.200 internos do Sistema Penal cearense acontece na Casa de Privação Provisória da Liberdade Agente Luciano Andrade Lima, a CPPL 1, palco de constantes denúncias graves de violação da disciplina e uma das cinco cadeias onde ocorreu uma rebelião coletiva entre os dias 21 e 22 de maio passado.
Entre as muitas queixas dos rebelados, está a questão de travamento de seus processos, isto é, os feitos judiciais não têm celeridade na Justiça, o que acarreta na permanência atrás das grades de muitos presidiários que já poderiam ter sido beneficiados com a progressão de regime, conforme previsto na LEP. A progressão permite que apenados passem do regime fechado para o semi-aberto.
Destruição
A CPPL 1 é uma das unidades constantemente envolvida em incidentes como fugas em massa de presos, rebeliões, descoberta de túneis, apreensão de armas e celulares e também em brigas e assassinatos de presos. Vários tiroteios foram registrados ali nos últimos três meses em tentativas de resgate de presos pertencentes á facções criminosas.
A superlotação de detentos e
a total destruição da unidade durante o motim tem obrigado as autoridades a manter no local um reforço de agentes penitenciários e policiais militares.
Por FERNANDO RIBEIRO