A escassez do produto dá um poder de negociação maior para os agricultores e reduz a margem dos atacadistas. Mas, por outro lado, o preço pode estimular a produção para a próxima safra. “Existe uma pequena tendência de aumento de área de feijão que é o reflexo destes preços altos, mas, em médio prazo, o preço do feijão também tende a equilibrar”, falou Maximiliano Miura, que é pesquisador no Instituto de Economia Agrícola de São Paulo.
O que também pode reduzir o valor do feijão é a queda de consumo. Para Hertz, o consumidor não quer pagar um preço tão alto no produto, mesmo que seja uma das bases da alimentação brasileira. “Ele (produtor) não pode pensar mais em R$ 500. Esse é um preço que está completamente fora da realidade. Vamos colocar o pé no chão e pensar em preço de, no máximo, R$ 150 para o produtor. Tem que se pensar direitinho, fazer as contas e ver que o importante é produzir bem para ter uma boa remuneração.”
Fonte: Canal Rural