Na tarde de quinta-feira, um bandido morreu em troca de tiros com PMs do Ronda, em Aquiraz
Subiu para 47 o número de pessoas mortas pela Polícia, neste ano, no Ceará. São os chamados óbitos resultantes de intervenção policial e não são contabilizados nas estatísticas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
A maioria das vítimas é formada por delinqüentes que entram em confronto armado com a Polícia após a prática de crimes, sendo os mais comuns os assaltos, roubos de veículos, ataques a bancos e carros-fortes ou mesmo casos de seqüestro e resistência à prisão. Também é comum neste tipo de assassinato que nem as próprias famílias das vítimas reclamem os corpos, e estes acabam sepultados na condição de indigente.
Dos 47 óbitos resultantes da intervenção policial no Ceará em 2016, 24 ocorreram no Interior do Estado, outros 16 na Capital e mais sete casos na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Aquiraz
O mais recente fato desta natureza ocorreu na tarde de ontem (28), quando bandidos trocaram tiros com policiais militares em uma estrada de terra no Município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. No revide, os PMs balearam um dos delinqüentes, que acabou morrendo no local do confronto. O morto não foi identificado. Logo após o fato, os policiais – destacados no Ronda do Quarteirão – prestaram depoimento na delegacia.
Outro caso semelhante, e também recente, aconteceu na cidade de Pacajus, onde uma quadrilha de assaltantes e traficantes entrou em confronto com patrulhas da PM no bairro Buritis. Dos cinco integrantes do bando, dois foram mortos, outros dois capturados e o quinto bandido furou o cerco policial e fugiu. Os mortos no confronto foram identificados como Lucas Alves da Silva, 18 anos; e Nill Hércules Alves de Sousa, 19 anos. Ambos tinham uma longa ficha de crimes, apesar da pouca idade.
Neste ano, o caso com maior número de mortos por intervenção policial aconteceu no dia 11 de fevereiro, quando três bandidos morreram num confronto com patrulhas do Comando Tático Rural (Cotar), unidade pertencente ao Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). O caso ocorreu na BR-020, no Município de Pedra Branca. Até hoje, os três mortos não foram ainda identificados.
Colegas de farda
Mas, em meio aos 47 mortos pela Polícia está também um policial militar. Era o soldado PM Marcelo Andrade Viana, destacado no Regimento de Polícia Montada (Cavalaria), que estava de Licença Para Tratamento de Saúde (LTS), por depressão. Na madrugada dod ai 24 de abril, ele acabou sendo baleado e morto por colegas de farda por reagir à prisão e atirar contra patrulhas que tentavam detê-lo.
Naquela madrugada, o soldado foi até a casa da ex-companheira (quem estava separado e não se conformava com o fim do relacionamento), na Barra do Ceará, em Fortaleza. Armado, ele passou a atirar no portão da casa da ex-esposa. A Polícia foi chamada pela vizinhança e ele não se entregou, até ser baleado. Não resistiu. O caso ainda está “sob investigação”.
fonte Blog Fernando Ribeiro