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Deputado Cabo Sabino acusa comandante da PM de "proteger" criminosos que mataram policiais




pender as investigações, já avançadas, contra os bandidos que, uma semana depois, mataram o soldado PM Hudson Danilo, em Jaguaretama (a  241Km de Fortaleza), em janeiro passado. Em seguida, foi a vez do subtenente Herbênio Almeida, em fevereiro. O serviço de inteligência da PM avisou ao coronel que bandidos planejavam matar o subtenente e teve como resposta "o silêncio do comandante". Dois dias depois, o oficial foi assassinado também em Jaguaretama.



Depois, o subtenente Francisco Wellington  da Silva foi assassinado em uma "saidinha bancária" em Pacajus. A Polícia recebeu informações de que os dois bandidos responsáveis se encontravam no distrito de Patos. Mas Pinheiro não autorizou a operação para prendê-los. Uma semana mais tarde, ainda segundo Sabino, a dupla tentou matar um policial civil e acabou atirando em um sargento, sogro do agente. Os bandidos foram presos pela Polícia de Horizonte quando retornavam a Patos.



Sabino ainda cita a morte dos três policiais em Quixadá, durante intensa troca de tiros com bandidos, no último dia 30. Segundo ele, foi designada uma operação para prender o bando que matou os policiais e, durante a investigação, descobriu-se que uma facção rival, que apenas teria cedido as armas, estava descontente com a morte dos PM, fato que mobilizou muitos policiais àquele município.



Essa facção, segundo o parlamentar, foi a responsável pela morte, em Quixadá, na última terça-feira (19), do empresário Veridiano Rabelo Camurça; do filho deste, Sadoc Camurça Cabral; e do advogado da família, Josenias Saraiva  Gomes, alvos de, pelo menos, 25 tiros de fuzil,  na porta do Quartel de Quixadá. Veridiano teria sido o mandante do assalto que resultou na morte dos três policiais no município, em junho.



O triplo homicídio foi um aviso a outras facções para que não agissem de forma a chamar atenção da polícia. Sabino afirma que, diante da ação, o comandante geral da PM, coronel Pinheiro, "mandou retirar todos os policias da operação, que já estava avançada, que já sabia quem tinha oferecido as armas, que já sabia de onde tinha partido as ordens para executar policiais militares. Tem empresários envolvidos, tem políticos envolvidos... (e ele) mandou acabar com a operação".



"Infelizmente quem deveria lutar por nós, quem deveria nos defender e que se diz representante da categoria, que é o Comandante Geral da PM, (coronel Pinheiro) tem arregado, tem sido frouxo, tem sido covarde e não tem colocado o serviço de inteligência como é para ser, não tem dado importância ao caso (morte dos três policiais em Quixadá) como é devido".



Camilo Santana



Cabo Sabino ainda cobra do governador um posicionamento diante do crime organizado no Ceará: "Está na hora do senhor dar uma resposta aos bandidos do Estado do Ceará e provar que o senhor não está de joelhos diante do crime organizado, que está comandando, inclusive, as suas forças policias, que são um bando de frouxo".



O deputado ainda acusa o governador de não abrir diálogo sobre a crise na Segurança Pública e sobre os comandantes dos órgãos, por pura rixa política. Segundo ele, Camilo tem se recusado a receber representantes da categoria por presumir que se trata de assuntos eleitoreiros.

Matéria do portal cearanews7.com.br

fonte Blgo FERNANDO RIBEIRO

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