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Delegado pede prisão temporária do pai suspeito de agredir e matar criança


Foi instaurado inquérito para apurar homicídio e eventual tortura.
Suspeito fugiu da delegacia de Iacanga quando prestava esclarecimentos.

O delegado Marcelo Firmino pediu nesta sexta-feira (22) a prisão temporária de Carlos Henrique Barbosa, de 23 anos, pai de Luiz Gustavo de Souza Barbosa, de 4 anos, que morreu no hospital de Iacanga (SP) com sinais de violência. “Hoje para a polícia, o principal suspeito é o próprio pai da criança. A prisão temporária é concedida pela Justiça havendo razões que se justifique essa necessidade, para que se possa fazer o confronto da versão apresentada pelo pai, fazer eventuais reconhecimentos. São todos os procedimentos que demandam a presença do próprio investigado”, explica o delegado.

De acordo com informações da polícia, na quinta-feira (21) a criança foi levada a uma unidade de saúde em Reginópolis pelo pai. Luiz Gustavo tinha vários hematomas pelo corpo. A equipe de plantão da unidade hospitalar tentou reanimar o menino, sem sucesso. O menino foi levado às pressas para o hospital em Iacanga, cidade onde a mãe mora, mas chegou à unidade de saúde já sem vida.
FONTE G1

Foi registrado um boletim de ocorrência de tortura e homicídio na delegacia de Iacanga. A mãe e o pai da criança foram levados para prestar esclarecimento, mas o pai de Luiz Gustavo acabou pulando o muro, fugiu da delegacia e é considerado o principal suspeito.
“Eu acho que ele, sentindo-se pressionado, ao perceber que vindo à delegacia quando viesse à tona a razão dos ferimentos, ele acabou se evadindo e para nós é uma confissão de culpa. Já foi instaurado inquérito e em razão das demais lesões serem compatíveis com marcas de agressão, queimaduras até por pontas de cigarro, eu instaurei inquérito para apurar homicídio e eventual tortura”, diz o delegado.

O corpo do menino foi enterrado nesta sexta-feira (22). A mãe Natália Aparecida de Souza disse que o filho já estava morto quando chegou ao hospital. “Ele chegou ontem com o Samu, e ele (pai da criança) foi direto na minha casa me chamar e falou para mim que o moleque estava bem. Mas quando cheguei no hospital o médico falou: você já trouxe seu filho morto. É horrível, perdi meu filho, uma dor terrível.”


Menino foi levado para hospital em Iacanga, mas chegou sem vida (Foto: Alexandre Azank/ TV TEM )

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