Elmano de Freitas, da base do governo, acabou fazendo a defesa dos grevistas
Parlamentares da bancada aliada ao governo do Estado ocuparam a tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (24) para atacar a classe dos agentes penitenciários, por conta da greve realizada no último fim de semana, mas acabaram protagonizando momentos de trapalhadas e contradições, além de acusações. Um deles, Tim Gomes, chegou a insultar os profissionais e acusou a categoria de ter "praticado uma extorsão ao Governo do Ceará”, atribuindo à classe um crime grave, previsto no Código Penal Brasileiro.
Outro deputado, Evandro Leitão, líder do governo na AL, subiu à tribuna para realizar um discurso entremeado por contradições e acusações aos agentes penitenciários. “O que houve foi uma grande irresponsabilidade", comentou.
Em meio às suas contradições, Leitão disse inicialmente que a culpa pelas rebeliões e morte foi o fato de os agentes terem impedido as visitas e a entrada da Polícia Militar nas unidades penais. Depois, deu outra versão completamente diferente, afirmando que a PM não entrou nos presídios porque não teve a autorização do governador Camilo Santana para, segundo ele, “evitar que acontecesse um novo Carandiru”.
Ao contrário do que afirmou o secretário da Justiça, Evandro Leitão, O petista Elmano de Freitas, da base aliada do Palácio da Abolição, acabou reconhecendo que não partiu dos agentes penitenciários a não entrada dos militares nos presídios, e sim, uma decisão de Camilo Santana para, segundo suas palavras, “evitar uma carnificina”.
Já Tim Gomes, foi mais além e chegou a dizer que para praticar a extorsão, os agentes prisionais “usaram até capuzes”, quando na verdade, o equipamento chama-se balaclava e é utilizado pelas forças de Segurança (polícias civil, Militar, Federal, guardas municipais, agentes penitenciários e Forças Armadas) como meio de preservar a identidade dos agentes da lei.
- Blog Fernando Ribeiro.