Camilo Santana lamentou a morte de mais um policial no Ceará, o sexto deste ano, ocorrido na última quarta-feira (6), em Fortaleza ( Foto: Natinho Rodrigues )
É comum ouvir nas ruas que um dos problemas da segurança pública é que 'a Polícia prende e a Justiça solta'. A reclamação da sensação de impunidade veio agora também da boca do governador do Estado do Ceará. Camilo Santana disparou contra a Legislação brasileira e afirmou que irá convocar os parlamentares cearenses para pleitear mudanças no Código Penal.
O posicionamento do chefe do Executivo Estadual veio após a morte do inspetor da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Alisson Paulinelly Medeiros de Mendonça, 28. Na última quarta-feira (6), ele reagiu a um assalto, matou um dos suspeitos, mas levou um tiro no peito e não sobreviveu.
O suspeito do assalto, Hélder Bruno Silva Ferreira, 29, morto no confronto, respondia por dois homicídios, tráfico de drogas, receptação e porte ilegal de arma de fogo. Outras três pessoas também tiveram participação.
Um adolescente de 15 anos, que foi apreendido; um homem ainda não identificado; e João Paulo de Araújo de Oliveira, 20, que já responde por um crime de homicídio doloso.
"Estou muito triste com isso, é lamentável. Imagino o sofrimento dos familiares que perderam um ente querido. E não vamos dar trégua a esses criminosos. Esse cidadão tinha sido preso várias vezes. Tem vários processos, dois de homicídio, e estava solto. A Polícia prende, a Justiça condena, mas as Leis são frouxas. É preciso rever as Leis nesse País para não permitir que criminosos que são presos voltem para as ruas e cometam esse tipo de crime que estamos acompanhando", disparou.
Convocação
Camilo também informou que convocará os parlamentares cearenses para uma reunião. No encontro, será tratada uma sugestão pessoal do governador: alteração no Código Penal para minimizar, segundo ele, a sensação de impunidade.
"Acho que essa é a pauta que o povo quer. Vou convidar os parlamentares do Ceará na Câmara Federal para discutir as mudanças do Código Penal para que sejam mais rigorosas e rígidas e não acontecer mais isso que está acontecendo", afirmou o governador cearense. dn
