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Neymar e pai podem até ser presos por sonegação fiscal, diz revista

Detalhes sobre a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o jogador Neymar, do Barcelona, foram divulgados na edição deste sábado (30) da revista Veja. A denúncia diz respeito à sonegação de impostos e falsidade ideológica realizados pelo jogador. A pena para esses dois crimes pode chegar a cinco anos de prisão.

De acordo com a publicação, Neymar e seu pai estão envolvidos no processo, além do ex-presidente do Barcelo, Sandro Rosell, e o atual, Josep Maria Bartolomeu. A reportagem ainda teve acesso à denúncia sigilosa feita na última quarta-feira (27) pelo procurador Thiago Lacerda Nobre.

Manobra com empresas de fachada teria evitado pagamento de mais de 50% dos impostos

Segundo a acusação, os dois - pai e filho - criaram empresas de fachada e adulteraram documentos para pagar menos impostos, cobrados a pessoas físicas (27,5%), recebendo, no ato da ação, a maior parte dos salários pagos pelo Santos e dos contratos de publicidade. A manobra teria feito com que o jogador abatesse mais de 50% dos impostos a pagar.

Três empresas foram abertas ao longo de seis anos por Neymar e seu pai: a N&N Consultoria Esportiva, a N&N Administração de Bens e a Neymar Sport e Marketing, como aponta outro documento revelado pelo site do Globo Esporte. De acordo com a denúncia da Procuradoria, nenhuma delas teria capacidade econômico-financeira, gerencial ou operacional para administrar a carreira de Neymar.

A acusação afirma também que, de 2010 a 2013, o jogador recebeu quase R$ 45 mi do Santos, mas só R$ 8,1 mi em forma de salário, como pessoa física. O restante foi por meio dos "contratos de imagem" firmados em suas empresas.

A investigação, no caso da fraude de documentos, constatou que, em alguns casos, os contratos das empresas de Neymar com o Santos e seus patrocinadores são anteriores do que a criação das próprias empresas. O atacante e seu pai fechavam o contrato entre a sua empresa e as outras partes mesmo antes de ela ter sido registrada e possuir um CNPJ.

Uma das maiores investigações, no entanto, refere-se à transferência de Neymar para o Barcelona, anunciada por 57 mi de euros, mas que teria movimentado aproximadamente 90 mi de euros. Para o Ministério Público, nunca houve empréstimo ou indenização, mas apenas uma "mera simulação" para esconder um adiantamento do Barcelona ao jogador a fim de garantir a sua transferência dali a três anos.
DN

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