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Pistolagem em Acopiara: Justiça ouve testemunhas do assassinato de Karina Firmino



Karina foi morta por pistoleiros há dois anos e sete meses. O processo começa a tramitar agora

Após dois anos e sete de um crime de pistolagem que abalou e revoltou a população da cidade de Acopiara, no Centro Sul do Ceará (a 340Km de Fortaleza), a Justiça vai realizar nesta quarta-feira (21) a primeira audiência de instrução do processo. O assassinato da jovem Karina Firmino continua na memória dos moradores e os criminosos permanecem impunes.

A audiência será realizada a partir de 9 horas no Fórum da cidade, sob a presidência da juíza de Direito, Carla Cristina de Oliveira, tendo como representante do Ministério Público Estadual o promotor de Justiça, Igor Caldas Baraúnas Rego. Testemunhas de defesa e acusação serão ouvidas durante o dia.

A policial civil (escrivã) Ludmila Freitas de Andrade, apontada nas investigações como mandante do crime (autora intelectual) não vai estar presente ao ato. À pedido de sua defesa, ela será interrogada em Fortaleza. A segunda acusada de envolvimento no assassinato, Antônia Campos Dias, vai estar diante da magistrada e será ouvida. O clima na cidade de Acopiara é de expectativa.

O crime

Karina Firmino foi assassinada, a tiros, por dois pistoleiros, na noite de 4 de maio de 2016. O crime ocorreu na porta da casa da vítima. A garota retornava de um encontro que tivera com seu então namorado, um soldado da Polícia Militar. Após o encontro em um posto de combustíveis, Karina foi a uma lanchonete com uma amiga e, no momento em que descia de sua motocicleta, foi atingida por tiros à queima-roupa.

No decorrer da investigação, a Polícia descobriu que a jovem era vítima de ameaças de morte por parte da escrivã Ludmila, que, na época, era casada com o PM. A policial civil não escondia o desejo de matar a amante do seu marido. As ameaças passaram a ser mais fortes e mais constantes quando a escrivã soube que Karina havia engravidado e dado a luz a uma criança filha do seu relacionamento com o militar.

As investigações culminaram na autorização judicial para a quebra do sigilo telefônico dos suspeitos, ocasião em que a Polícia colheu provas cabais da trama criminosa. Ludmila, segundo denúncia do Ministério Público, teria agido em parceria com sua então empregada doméstica, Antônia Campos Dias, que fez o papel de intermediária na contratação dos pistoleiros que, depois, viriam matar Karina Firmino.

Os pistoleiros que praticaram o assassinato não foram identificados no inquérito, embora pistas apontem para dois suspeitos. Já a escrivã e sua cúmplice continuam e liberdade, mas poderão ter a prisão preventiva decretada ao final da audiência que acontece nesta quarta.
fonte BLOG FERNANDO RIBEIRO

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