O ex-governador começou dizendo é professor de Direito e mentiu também ao falar sobre uma suposta greve de delegados no começo de sua gestão, fato que não aconteceu. Citou o nome do delegado Jaime Paula Pessoa Linhares como seu “colega de faculdade e que saíamos para beber cachaça juntos”. Ainda segundo ele, quando assumiu o governo do Ceará pela primeira vez, teve que contornar uma ameaça de greve dos delegados.
Segundo ele, numa suposta reunião no “Clube da Polícia”, teria dito aos delegados. “Vou fazer uma coisa com vocês que será a primeira vez e a única na história, um de vocês será o secretário (da Segurança Pública). Mas é o seguinte, eu mando e você obedece”, se dirigindo, segundo ele, ao delegado Jaime Linhares, então presidente da Associação dos Delegados (Adepol).
E disse mais. “Peguei a Polícia do Ceará em pandarecos, cheia de problemas com o meu antecessor (se referindo mais uma vez a Tasso Jereissati). Fizeram duas greves selvagens, então chamei os delegados e disse: como é negrada, vão continuar com essa esculhambação? Vão continuar com essa baderna? Vocês cercados pela Polícia Militar, levando tiros e sendo humilhados? Pois comigo, não vai ter não. Ou vocês resolvem isso, ou vou fechar a Polícia”.
Greves
A história contada por Ciro Gomes é recheada de mentiras. Delegados da Polícia do Ceará nunca levaram tiros da Polícia Militar nem foram cercados. A greve a que ele se referiu foi dos policiais civis e não houve nenhum incidente com tiros. Também é inverídica a versão de uma reunião dele no Clube da Polícia Civil.
No fim de sua fala, ele acabou caindo em contradição e desmentindo todos os seus argumentos anteriores recheado de bravatas, ao falar que viu a Polícia Militar em greve e a população “entregue à violência das gangues”. Esqueceu de dizer que este episódio da mais recente greve da PM (entre dezembro e janeiro de 2012) aconteceu quando do governo de seu irmão, Cid Gomes. Do qual ele foi integrante como “consultor” de segurança Pública. Já a mais recente greve na Polícia Civil (no ano passado), aconteceu no governo do “apadrinhado” político, o petista Camilo Santana.
fonte BLG FERNANDO RIBEIRO