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Estudantes atravessam rio com água acima da cintura para chegar à escola em Fortaleza



Lama, esgoto a céu aberto e muita sujeira. Esta é a realidade enfrentada todos os dias por crianças e adolescentes que moram na comunidade da Mana, na região do Jangurussu, em Fortaleza, precisam enfrentar para ir à escola.

“Toda vida que chove é assim. Já aconteceu muitas vezes de faltar a aula por isso. Às vezes, vou de short e visto a calça lá”, conta a estudante Talia da Silva, de 12 anos, em entrevista a TV Jangadeiro/SBT

No período de chuva, o que já está ruim fica ainda pior. Vídeos, enviados para o WhatsApp do programa Barra Pesada, da TV Jangadeiro/SBT (85-98135.3131), mostram que a rua José Domingos foi tomada pela água do Rio Cocó.

Estudantes atravessaram com água acima da cintura. Uma criança teve que ser carregada nas costas de um amigo para não ser encoberta pela água.

“Fiquei com medo de passar na ponte, porque tem buracos. Fiquei com medo de cair. Me deram a mão e eu passei. Sempre enche quando tem chuva. Já aconteceu de não poder ir para a escola por causa da chuva, que estava dentro da minha casa. É ruim a pessoa querer ir para escola e se molhar todinha”, afirma Keuly Vitória Gonzaga, estudante de 13 anos.

Os vídeos foram gravados na ponte que é a única via de acesso à comunidade. Os moradores denunciam que vários acidentes já aconteceram na região.

“Não dá mais. É revoltante ver alunos e pais de família passarem por uma situação dessas há quase 20 anos. Não estamos entre as áreas programadas pela Defesa Civil para ressarcir os prejuízos. Estamos abandonados, precisamos das autoridades. Nós somos gente”, argumenta a costureira Roseni Ferreira.



Marcas na parede mostram a que ponto chegou a água dentro da casa de Benedita. A cada período de chuva, ela vê tudo que conquistou com dificuldade ser destruído.
FONTE TRIBUNA DO CEARÁ.

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